Abri os meus olhos e tive um pouco mais de duvidas.
O mundo paralisado do outro lado do espelho é sempre o mesmo, tenho medo que meus atos sejam como a imagem do espelho diante a outro, nao quero minha dor latente infinitamente.
Nao me torno face de minhas palavras, por antes ter perdido quem sou em algo que nao mais me afirma.
E o relevo de meus passos contrarios questionam toda a logica de meus sonhos.
Sou uma criança levando o relicario profanado em minhas maos, frio e pesado, uma bela imagem; uma triste maldiçao.
E a beleza se torna o sono de uma menina ao tempo, incoerente de pensamentos e sentimentos.
Apenas uma imagem, congelada dentro do espelho de uma menina dormindo ao vento.
Perante minha mente e a minha demencia, tudo nao passa de uma imagem que ecoa a um espelho de face a outro; eternamente.
(Fabio Rocha, 13/12/2010- 09:07hs- Betim)